Há fornecedores da chinesa CALB "a considerar investir em Portugal", garante ministro da Economia
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O ministro da Economia, Pedro Reis, confirmou esta segunda-feira que o projeto da chinesa CALB para construir uma fábrica de baterias de lítio em Sines contará com o apoio de fundos europeus, mas não avançou qual será o valor final desses mesmos incentivos.
O governante foi o anfitrião do mega evento de lançamento oficial da construção da gigafábrica em 92 hectares de terreno da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), que teve lugar no Técnico Innovation Center, em Lisboa, e contou com a presença da "chairwoman" da CALB, Liu Jingyu. Segundo o ministro, a CALB trouxe consigo ao evento vários dos seus fornecedores a nível mundial, "que estão também interessados em investir em Portugal.
"Estamos numa corrida altamente competitiva pelo investimento externo. Hoje a chairwoman internacional da CALB transmitiu-me que estão cá, nesta sala, fornecedores da empresa que estão a desenvolver produtos e soluções lá, e que estão a considerar vir a investir em Portugal", disse o ministro, sem revelar os nomes dos fornecedores. "Dizer mais do que isso, seria dar trunfos à nossa concorrência internacional".
Sobre os incentivos, Pedro Reis explicou que "este investimento enquadra-se no regime europeu de incentivos à reindustrialização e à aceleração da inovação e de novas competências técnicas, o que permite um apoio até 35%. Daí terem sido apontados apoios de 350 milhões, mas não quer dizer que lá vamos chegar", revelando que o projeto de investimento da empresa chinesa acaba de dar entrada na AICEP prcisamente para ter acesso a incentivos financeiros e fiscais. "Agora ainda vai ser avaliado esse investimento, o que é elegível, e atribuiremos os incentivos que nos for permitido ancorar a esta unidade", disse. A avaliação demorará ainda alguns meses, confirmou representante da AICEP, mas confirmou que "a contratualização tem que ocorrer em 2025".
"Estes contratos de atribuição de incesntivos levam algum tempo, porque temos que estudar e discutir bem tudo o que é elegível e que não é elegível, as representações de apoio, as intensidades de apoio, e só aí é que conseguimos ter uma proposta negocial acabada, que passe à contratualização", acrescentou ainda.
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